O Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas teve crescimento de 7,7% em 2021 quando comparado ao ano anterior. Os números consolidados referentes à estimativa anual foram apresentados nesta quinta-feira (28) pelo Governo do Estado. O resultado é superior ao PIB nacional para o mesmo período, que ficou em 4,6%, conforme divulgou em março o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
De acordo com os dados, o bom resultado de Alagoas foi motivado pelas variações positivas em todos os setores: Agropecuária (6, 8%), Indústria (12,8%) e Serviços (7,1%). Os números apontam a recuperação da economia após a forte queda provocada pelos efeitos da pandemia.
Apresentados durante coletiva de imprensa, realizada na sede da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), os dados revelam, ainda, que no acumulado do ano 2020-2021, período mais intenso das medidas restritivas frente à pandemia, Alagoas registrou maior crescimento em comparação com os estados que realizam o cálculo de sua economia trimestral e anualmente.
“Estes números são muito esperados para olharmos o que aconteceu no passado e, com base nisso, os analistas podem antecipar o que pode acontecer neste ano de 2022. É preciso pontuar que Alagoas, no ano passado, foi o estado brasileiro que teve o maior percentual de crescimento de empregos formais, relativamente no país, e apresentou bons números em setores como a indústria, serviços e o setor agropecuário. A performance foi muito acima da média” enfatiza o secretário do Planejamento, Fabrício Marques.
Setores
O setor da agropecuária demonstrou variações positivas, especialmente nas lavouras de cana-de-açúcar, principal produto do Estado, que vem crescendo e contribuindo para a alavancagem do setor no período analisado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao setor industrial, o destaque foi o crescimento nos subsetores: indústria de transformação; construção e eletricidade; gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, que obtiveram crescimento estimado de 12,5%; 12,4% e 18,4%, respectivamente.
Já o setor de serviços conseguiu se recuperar, pois com a flexibilização das medidas de contenção da pandemia, todos seus subsetores variaram positivamente.
O superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplag, Robson Brandão, pontua que a estimativa trimestral acumulada para o ano 2021 demonstra uma tendência da economia.
“Importante ressaltar que a Seplag utiliza o cálculo baseado nas mesmas ponderações das contas regionais no IBGE”, conclui.