Phyllopezus selmae é o nome de uma espécie de lagartixa nativa das Alagoas, de acordo com pesquisa de doutorado do pesquisador Marcos Dubeux, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O bicho é conhecido apenas em algumas localidades de mata atlântica em cinco municípios da Bacia do Rio Coruripe.
Marcos defendeu tese de doutorado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e consegui comprovar que o bicho é nativo de regiões como a reserva biológica de Pedra Talhada, em Quebrangulo, e de regiões de transição de mata atlântica em Limoeiro de Anadia, Igaci, Boca da Mata e Coruripe.
Até então desconhecida, ela tem nome e está cientificamente registrada. A descoberta é resultado de pesquisa iniciada em 2017, quando Marcos cursava Ciências Biológicas na Ufal e participou de um trabalho científico que serviria de mote para sua tese de doutorado, defendida recentemente.
Sem descrição científica
“Eu comecei a estudar um pouco mais sobre a genética e a morfologia dessas duas populações e eu vi que, na realidade, se tratavam de espécies que ainda não eram formalmente descritas para a ciência”, afirmou o pesquisador Marcos Dubeux, em entrevista à assessoria de imprensa da Ufal.
O registro da nova espécie foi publicado na revista científica Zootaxa, numa parceria entre Ufal, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.
A lagartixa alagoana foi batizada em homenagem a Selma Torquato, curadora da coleção de herpetologia do Museu de História Natural da Ufal. “Por todo o seu empenho ao longo de todos esses anos buscando auxiliar e incentivar novos pesquisadores no estudo de repteis e anfíbios aqui no Estado”, destacou Dubeux.
Marcos também contribuiu para a descoberta da Phyllopezus diamantino, que vive no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia. Ele teve co-orientação da professora da Ufal, Tamí Mott, que acompanha os estudos de pesquisadores do Museu de História Natural (MHN).