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Reeducandos usam leitores eletrônicos em presídio de Maceió

Dispositivos comprados com recursos de penas pecuniárias contêm mais de 1.000 livros digitais cada um
Equipamentos foram entregues aos reeducandos em solenidade no Núcleo Ressocializador da capital alagoana

Reeducandos que cumprem pena no Núcleo Ressocializador da Capital receberam do Tribunal de Justiça (TJAL) e da Secretaria de Ressocialização (Seris) 154 kindles (leitores eletrônicos) com 1500 livros digitais cada um.

“É a primeira vez que em uma unidade prisional do país os reeducandos têm acesso a esse instrumento eletrônico. A ferramenta vai possibilitar acesso a mais de mil livros”, afirmou o juiz Alexandre Machado, da 16ª Vara Criminal.

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Os leitores eletrônicos foram viabilizados com recursos oriundos de penas pecuniárias. A iniciativa faz parte do projeto “Livros que Libertam”, que promove a remição de pena por meio da leitura.

“Hoje temos quatro mil reeducandos dentro do projeto, de um total de cinco mil reeducandos. E hoje temos um salto qualitativo, que é a substituição do livro físico pelo eletrônico”, afirmou o magistrado.

Para o titular da Secretaria de Estado da Ressocialização (Seris), Diogo Teixeira, o projeto fortalece a ressocialização no estado. “Otimiza a leitura, dá mais educação e cultura”, frisou.

Os equipamentos trazem já baixados cerca de 1.500 títulos e não possibilitam acesso à internet. Para o reeducando Benedito Cavalcante, de 64 anos, o aparelho representa um novo horizonte.

“Isso vai ajudar bastante na nossa formação, na nossa perspectiva de vida, nos sonhos. Porque não é só você ler um livro, é você trazer o debate. Ressocializar, sem educar, não é ressocializar”.

O projeto do kindle foi apresentado à 16ª Vara Criminal pelo Conselho da Comunidade. O juiz Nelson Medeiros, da 16ª Vara Criminal, também acompanhou a entrega dos dispositivos.

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