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“Beata”, cadela Piaba não perde uma missa em Anadia

Ela também frequenta quermesses e é solidária nos momentos dor: acompanha os velórios e segue o cortejo até o cemitério
Nas festas religiosas, lá está Piaba, acompanhando e regendo a orquestra, que anima as quermesses e as procissões (fotos e vídeo: cortesia)

As celebrações na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Anadia, a 90 km de Maceió, contam com a presença assídua da cadelinha Piaba. A “Beata”, como é conhecida na cidade, também frequenta as quermesses e é solidária nos momentos dor. Ela acompanha os velórios e segue o cortejo fúnebre até o cemitério.

“A cadelinha Piaba é sempre bem-vinda e faz parte do cotidiano não só da nossa comunidade, mas de toda a cidade”, relatou o padre Erik Oliveira em entrevista à TV Gazeta de Alagoas.

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O pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade conta que a comunidade acolheu a cadela. Estima-se que ela tenha aproximadamente 17 anos de vida e que nascera na rua, próximo a um supermercado e atrás de uma banca de venda de pastel.

“Todos conhecem a cadelinha Piaba e cuidam dela: colocam um pouquinho de ração, comida, quando ela chega na porta. Lá na Casa Paroquial, ela sempre tem um lugarzinho para descansar, então faz parte, de fato, da vivência de todos”, acrescentou o religioso.

Para a aposentada Duciera Torjal, a cadela é uma amiga, uma companheira que, diariamente, vai até a porta da casa dela acordá-la às 5 horas, sem falta. “Ela é comportada comigo”, diz, para depois relevar que a Piaba não abandona a comunidade nem nos momentos de profunda tristeza.

“Ela passa a noite todinha no velório, amanhece o dia; acompanha o enterro, vai para o cemitério. Depois que enterra a pessoa no cemitério, ela volta, vai na casa da pessoa que faleceu, entra nos quartos, entra na cozinha, olha a sala e vai embora”, relata.

Celebrações na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade contam com a presença assídua da cadelinha Piaba, a “Beata”

Amiga na dor, mas também na alegria. Nas festas religiosas, lá está Piaba, acompanhando e regendo a orquestra, que anima as quermesses e as procissões.

“É muito bonito, porque a gente sabe que o amor do animal é o mais sincero que existe. Então, quando a gente vê que esse amor, além de com as pessoas, tem uma relação com a igreja, a gente vê que é coisa de Deus mesmo”, acredita a estudante Déborah Oliveira, que faz lembrar os ensinamentos de São Francisco de Assis, santo protetor dos animais.

“Não te envergonhes, se, às vezes, os animais estejam mais próximos de ti do que as pessoas, eles também são teus irmãos”.

Com informações da TV Gazeta de Alagoas