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Qualidade da água de rios da Mata Atlântica melhora; Pratagy é um deles

Estudo da SOS Mata Atlântica mostra avanços na preservação dos recursos hídricos do bioma
Na comparação de 2022 com 2023, qualidade da água do rio Pratagy saiu de 'Regular' para 'Boa' (fotos: Instituto Biota)

A qualidade da água dos rios da Mata Atlântica no Brasil vem apresentando melhora gradativa. É o que aponta o novo estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado na sexta-feira (22), Dia Mundial da Água.

Para a instituição, embora os desafios permaneçam, houve um avanço na preservação dos recursos hídricos ao longo do último ano.

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Em Alagoas, das águas de onze mananciais (nove rios e dois riachos) avaliadas com qualidade “Regular” em 2022, dez permaneceram com esta classificação em 2023 e uma alcançou o status de “Boa”. Trata-se do rio Pratagy, em Maceió.

Fonte: Observando os Rios / SOS Mata Atlântica

No bioma onde vivem mais de 70% da população brasileira, 8% das análises realizadas em 2023 indicam água de boa qualidade – um incremento discreto, mas relevante, em comparação ao ano anterior (6,9%).

Já as amostras classificadas na categoria “regular” representam 77% do total, um aumento de dois pontos percentuais.

A ocorrência de água considerada ruim, por sua vez, caiu de 16,3% para 12,1%. Por outro lado, as análises que indicam qualidade péssima foram mais numerosas no período: passaram de 1,9% para 2,9%.

Os dados são da edição de 2024 da pesquisa “O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica”, realizada pelo programa Observando os Rios, da SOS Mata Atlântica, que conta com o patrocínio da Ypê desde 2015 e apoio da Nespresso e da Flex Foundation.

O estudo está disponível na página relatório e balanços do site SOS Mata Atlântica.

Fonte: Observando os Rios / SOS Mata Atlântica

O relatório oferece o retrato da qualidade da água em bacias hidrográficas do bioma por meio de dados do Índice de Qualidade da Água (IQA), levantados por uma rede de cerca de 2.700 voluntários que integram o Observando os Rios.

Com base em coletas mensais entre janeiro e dezembro de 2023, foram realizadas 1.101 análises em 174 pontos de 129 rios e corpos d’água em 80 municípios de 16 estados da Mata Atlântica.

Pratagy

Em Alagoas, o programa Observando os Rios avalia as águas dos rios Poxim, Coruripe, Piauí, Salgado, Jequiá, Pratagy, Maragogi, Persigunga e São Francisco, além dos riachos Doce e Adriana.

A coleta e análise das águas do rio Pratagy e do Riacho Doce são feitas por voluntários coordenados pelo Instituto Biota de Conservação.

Estudantes acompanham análise da água feita pelo Instituto Biota

“Essa análise é feita mensalmente na maré baixa, geralmente nos finais de semana, e sempre no mesmo ponto. São observados 14 parâmetros físico-químicos”, explica a coordenadora de Educação Ambiental do Instituto Biota, Silvanise Marques.

“O Pratagy apresentou uma melhoria, um aspecto de ‘Bom’. São dois fatores muito importantes e que influenciam nessa qualidade da água: o tempo e o clima. Já o Riacho Doce vem se apresentando como ‘Regular’. Infelizmente ainda temos muito lançamento de esgoto in-natura nele, mas, por incrível que pareça, ele ainda tem muito oxigênio, muitos peixes”, acrescenta Silvanise.

Ela conta que o Instituto Biota, por meio do programa Observando os Rios, vem desenvolvendo ações de educação ambiental com as comunidades litorâneas e ribeirinhas. As mais recentes aconteceram nos dias 21 e 22 de março.

Programa Observando os Rios foi apresentado pelo Instituto Biota aos estudantes da Estadual Antônio Vasco

As atividades envolveram os estudantes da Escola Estadual Antônio Vasco, em Riacho Doce, que conheceram o programa Observando os Rios e participaram de um dia de campo, acompanhando a coleta e a análise das águas.

“É muito importante a gente envolver a comunidade, principalmente as crianças para que possam ir se conscientizando do cuidado com o meio ambiente”, destaca.

Com SOS Mata Atlântica