Se você tem mais de 35 anos, você já enfrentou o calor do sol escaldante nas filas ‘quilométricas’, ali na Buarque de Macedo, para comprar passe estudantil e ‘viajar’ num dos busões do transporte coletivo da capital alagoana. Lembram-se, não?
Pois bem. A partir de 2016, quando da mais recente licitação do transporte coletivo da capital alagoana, a tecnologia ganhou força e a associação dos transportadores – Sinturb – passou a investir em meios tecnológicos para a venda dos “passes”.
Surgiu o “Cartão Bem Legal”, substituto dos bilhetinhos de papel. Recentemente, seu nome mudou para “Vamu”. Isso mesmo! “Vamu”. Nomenclatura é popular. Faz parte do chamado projeto “Vamu Mobilidade” porque inclui várias tecnologias.
A mudança se tornou necessária após a implantação de novas tecnologias, como o pagamento por meio de QR Code com o aplicativo próprio do Vamu, ou cartão de crédito”. A mudança “amplia o conceito de mobilidade”.
Com a digitalização dos serviços, evidenciou-se um dado interessante: 779 mil pessoas são portadoras do Cartão Vamu, atualmente. É gente do transporte escolar, trabalhador celetista, aposentados, servidores dos Correios, rodoviários, etc.
Pague no débito
Agora, também é possível usar cartão de débito ou crédito para pagar pela viagem de busão. E sabe quem é que recebe o cartão para você digitar a senha? Ninguém. Não há mais cobradores no transporte coletivo da capital. A função foi extinta em 2021.
Desde então, a bilhetagem é 100% eletrônica. O dinheiro em espécie saiu de circulação, seguindo a tendência dos pagamentos virtuais por meio de aplicativos. Atualmente, 571 ônibus compõem a rede de transporte coletivo da capital.
A frota, aliás, já foi maior. Muito maior. A redução – não tenho aqui números precisos – tem a explicação óbvia: a proliferação (no bom sentido) do transporte por aplicativos.