A Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) comemorou 37 anos de história em Alagoas, nessa quarta-feira (28). A Instituição – pioneira na atenção educacional, saúde e em ações de visibilidade às pessoas surdas e com deficiência – celebrou a data com a realização de quase 100 mil atendimentos, só em 2023.
A entidade foi fundada pela empreendedora social e ativista Iraê Cardoso e está presente nos municípios da Barra de São Miguel, Penedo, Santana do Ipanema e em Maceió. Em todas elas, diariamente, são atendidas pessoas com deficiência de todas as idades que precisam de reabilitação física, auditiva, intelectual e tecnologia assistiva.
Em quase quatro décadas de história, a AAPPE vem quebrando paradigmas em favor da inclusão. A Instituição é precursora na humanização dos atendimentos, sendo destaque nas quatro áreas em que atua: saúde, educação, assistência social e mercado de trabalho.
Além disso, é a mantenedora do Instituto Bilíngue de Qualificação e Referência em Surdez (IRES), que é responsável pela oficialização da Língua Brasileira de Sinais em Alagoas, pela formação e qualificação de intérpretes e pela implementação da educação infantil bilíngue no estado.
O projeto
Iraê Cardoso, superintendente da AAPPE e idealizadora do IRES, explica que a AAPPE nasceu para promover a inclusão e equidade de direitos para pessoas surdas e com deficiência no estado de Alagoas.
“Ao longo desses 37 anos, a AAPPE se tornou um lugar sagrado, de muito amor, vez e voz para a comunidade surda, para mães e para os direitos de toda e qualquer pessoa com algum limite de atuação. Crescemos na perseverança de que portas precisavam ser abertas e, em todas essas batalhas, a AAPPE esteve lá. Hoje contamos com quatro unidades que são sinônimo de amor, acolhimento e inclusão. E isso só foi possível pela parceria de famílias, órgãos, voluntários, doadores e colaboradores”, descreveu Iraê.
A paciente Ana Maria da Solidade, de 62 anos, é assistida pela AAPPE desde os primeiros anos em que foi fundada. Para ela, a instituição se tornou a principal referência para a sua família.
“Eu cheguei na AAPPE e tudo ainda estava no cimento, bem no começo. Hoje faço fisioterapia, mas cheguei aqui para tratar o meu filho, que chegou com um ano de idade e hoje tem 37 anos. Ele possui deficiência e, naquele momento, a AAPPE foi a nossa grande esperança. E assim seguimos. Foi toda uma vida de parceria!”, reconheceu Ana Maria.